sexta-feira, 25 de março de 2011

No 'Majestoso', Timão coloca à prova invencibilidade em clássicos
Dos últimos nove jogos disputados contra seus rivais, Corinthians venceu oito e empatou um. Contra o São Paulo, tabu já dura quatro anos

Por Nicholas Athademos
São Paulo


Há mais de um ano o torcedor corintiano não sabe o que é ver seu time perder um clássico. Nesse período, o Timão disputou nove partidas contra seus mais tradicionais adversários e teve o impressionante desempenho de oito vitórias e um empate.

A última derrota do Corinthians em clássico foi em fevereiro do ano passado. Na ocasião, o time do Parque São Jorge foi superado pelo Santos no estadual. Neymar e André fizeram os gols do Peixe, e Dentinho descontou para o Timão. Desde então, o Corinthians sempre sai desses confrontos somando pontos na classificação.

A equipe terá sua sequência positiva posta à prova no domingo, quando encara o São Paulo, às 16h, na Arena Barueri. O histórico recente do Corinthians contra seus maiores rivais traz confiança ao elenco.

- Para nós, esse retrospecto é excelente. Clássico é sempre diferente. Contra time pequeno, temos a obrigação de atacar, enquanto, em clássico, temos de jogar com cautela, porque quem errar menos vence o jogo – diz o atacante Jorge Henrique.

Contra o Tricolor, aliás, a sequência positiva do Timão é ainda maior. O jejum de vitórias no clássico “Majestoso”, como é conhecido o duelo entre as duas equipes, já chega a quatro anos. Foram 11 jogos, com sete vitórias alvinegras e quatro empates desde fevereiro de 2007, quando o São Paulo bateu o rival por 3 a 1 pelo Paulistão, com direito a gol do arqueiro Rogério Ceni.

O pior resultado para o time do Morumbi no período foi o penúltimo confronto do clássico. Com dois gols de Elias e um de Jucilei, o Corinthians emplacou um 3 a 0 no Tricolor em agosto do ano passado. Agora, o jejum é tratado como um tabu, o que incomoda e pressiona os são-paulinos.

- Na última quarta-feira, no estádio (de Jundiaí), já fomos cobrados na saída do ônibus. É um incômodo que permanece, não tem jeito. Participei de todos os jogos. Não vejo a hora de isso acabar. Cada um aqui tem sua consciência de saber o que representaria uma vitória e a quebra do tabu e o que representaria uma nova derrota – disse o meia Jean.

O zagueiro Leandro Castán, ao menos no discurso, coloca o retrospecto de lado, mas ressalta a importância do confronto.

- A partida é especial, mas os jogadores têm de esquecer o tabu. Isso é coisa para a torcida. Temos de jogar com tranqüilidade, fazer nosso melhor e buscar a vitória.